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"Child,
Hush your mouth.
Innocence, please don't speak."
............The C u l t
...Mas então, eles a levaram dele. Não se podia fazer nada. Era apenas isso: com um tiro no peito, a vida dela fora tirada. E nada podia ser feito; não haveria mais risos, alegria, felicidade. Não havia mais os cafés da manhã na cama. Não haveria mais os dias em que eles nem se levantavam da cama, não havia mais nada. Apenas o fato de que, ao resistir que levassem o anel que ele havia dado pra ela, sua vida fora tirada.Tudo agora era tão mudo e preto e branco como os filmes antigos. Tudo agora não fazia sentido. Tudo era muito revoltante. Eles a levaram dele, apenas porque ela quis proteger algo realmente valioso: não por ser um anel valioso, não por ser um anel bonito, mas por ser algo, sentimentalmente falando, especial. E, dentro de seu quarto, no meio da escuridão, ele se perguntou que mundo era aquele.Nada podia ser feito. E então o chão se abriu e no meio de um abismo sem fim, ele ia caindo. Poderia ser um terrível pesadelo, mas não, era a dura realidade; assim como a escuridão é a realidade de um cego.Não houve um beijo de despedida, não houve carinhos. Nada. Apenas alguém que não percebera que aquilo era importante. Alguém que não teve compaixão, ou pelo menos, qualquer sentimento de tolerância. Apenas um tiro no peito. Apenas uma vida tirada. Apenas um amor interrompido.Se perguntou então o porquê daquilo, mas a resposta não veio. Não tinha mais certeza de nada, apenas o fato de que, com um tiro no peito, levaram-na dele.
“Onde é que uma lágrima começa? Onde é que ela termina? Qual é o motivo de tudo? Por que não podemos simplesmente sermos felizes?”
Queria, queria tanto e não podia pegar. Ali, na minha frente, parecendo tão perto, e ao mesmo tempo, tão distante. Eu queria. Queria e não podia pegar. E a grande abstinência naquela hora, corroeu todo o meu eu por dentro. Que piada.
As estrelas de fevereiro nunca estiveram tão bonitas como naquele ano. O céu sempre tão estrelado, tão bonito, tão vivo. Naquele ano New York era tudo pra mim, as pessoas, o ar... Eu era apaixonado por tudo aquilo, mas mais apaixonado ainda, eu era por alguém, seu nome? Era Charlie e ela tinha um jeito diferente do normal: não era a mais inteligente, nem a mais bonita. Não era a mais compreensiva e nem a mais engraçada. Mas era a mais única, se é que me entendem. Daria pra fazer um livro só daquele inverno que passamos juntos em dezembro. Só tenho a declarar que meu amor por ela era e é muito grande, sem dimensões. E quem sabe o que poderia acontecido se ela não tivesse ido embora?